domingo, 6 de fevereiro de 2011

Livros que merecem ser lidos...


1968 A Revolução que Tanto Amámos

Em Maio de 1968 e um pouco também ao longo de todo esse ano, o mundo assistiu à generalização de uma revolta na qual, mais do que os regimes e os governos, eram postos em causa os aparelhos políticos, as formas da vida quotidiana, os sistemas interligados do ensino e do trabalho, o sem-sentido da existência esmagada pela rotina.
Nos confrontos que, de Paris a Berlim e de Praga a Berkeley, encheram as primeiras páginas dos jornai, destacaram-se alguns nomes que o grande público passou a associar à memória desse ano. Um deles ligado aos acontecimentos do Maio francês, foi Cohn-Bendit, que o governo gaulista acabaria por expulsar para fora das fronteiras do país. Ora foi precisamente o mesmo Cohn-Bendit quem, passados quase vinte anos sobre o episódio que tanta celebridade lhe deu, partiu à descoberta de antigos companheiros de luta, para ver aquilo em que cada um deles se havia tornado com a passagem do tempo. Pôde assim encontrar os criadores dos movimentos contestatários que abalaam o mundo nos anoos sessenta: os Yippies, os Black Panthers, as mulheres do Women´s Lib, os Provos, as Brigadas Vermelhas, os guerrelheiros da América Latina, alguns outros. Através da história de cada um deles, Daniel Cohn-Bendit tentou compreender como é que esta geração, que durante algum tempo acreditou poder mudar a ordem vigente, acabou, não obstante o seu relativo fracasso, por conseguir de facto subvertê-lo.

Livro editado pela Publicações Dom Quixote, em 1988, tem 182 páginas e contém uma série de entrevistas efectuadas por Daniel Cohn-Bendit, o "pai" do Maio de 68, em Paris, Nanterre, hoje deputado dos Verdes, pela Alemanha, no Parlamento Europeu. Livro a ler.


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